Rodrigues de Freitas

Reabilitação integrando estrutura modular

A intervenção passou por reconverter um edifício do séc. XIX habilitando-o para a propriedade horizontal, tendo em vista à sua integração no mercado do arrendamento.

O edifício inscreve-se num lote estreito e profundo, é constituído por rés-do-chão e três pavimentos e apresenta um comprido logradouro voltado a sul. O estado de conservação do edifício era extremamente precário, fruto de infiltrações vindas da cobertura e alterações interiores pouco cuidadas, contudo mantinha características de elevado requinte e singularidade que interessava salvaguardar.

Para responder ao programa solicitado, e tendo em conta a estreiteza do edifício e a localização da caixa de escadas que se pretendia preservar, as fracções desenvolveram-se inevitavelmente ora para um lado ora para outro da caixa de escadas. Não tendo sido possível aproveitar as paredes de compartimentação interior pré-existentes, optou-se por trabalhar as fracções em “open space” organizando as instalações necessárias (cozinha, instalação sanitária e arrumação) num volume compacto e solto no espaço.

A variabilidade de soluções conseguidas parte de um “volume tipo” que se vai moldando consoante as funções que tem que albergar.

No que respeita o logradouro, o mesmo foi fraccionado em pequenos talhões e atribuídos às diferentes fracções, permitindo a todos os habitantes o seu usufruto e, porque não, a criação da sua horta-urbana.

ano: 2014
tipo: Habitação Colectiva
cliente: Empresarial
local: Rodrigues de Freitas, Porto
fase: Concluído
arquitectura: Marta Campos – Arquitectura
Gestão de Empreendimento: Norte Magnético
fotografia: Arménio Teixeira